Após um período de dificuldades em meio à segunda onda da pandemia de covid-19, a indústria brasileira mostrou reação em maio. A produção cresceu 1,4% em relação a abril, recuperando apenas parte da perda de 4,7% acumulada nos três meses anteriores de retração. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal, divulgados nesta sexta-feira, 2, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O relaxamento de restrições sanitárias em combate à disseminação da covid-19 e a reedição do pagamento do auxílio emergencial ajudaram o desempenho em maio.
Na passagem de abril para maio, houve expansão em 15 dos 26 ramos industriais pesquisados. As maiores contribuições positivas partiram de produtos alimentícios (2,9%), derivados do petróleo e biocombustíveis (3,0%) e indústrias extrativas (2,0%).
Com a melhora registrada na produção em maio, a indústria brasileira voltou a operar no patamar de fevereiro de 2020: 13 das 26 atividades investigadas se mantêm operando em nível superior ao pré-crise sanitária. Os níveis mais elevados em relação ao patamar pré-pandemia foram os registrados pelas atividades de máquinas e equipamentos (18,4%), minerais não metálicos (14,4%) e metalurgia (12,8%). No extremo oposto, os segmentos mais distantes são vestuário (-14,8%), couro e calçados (-12,5%) e veículos (-11,3%).